Conduzir a 100 km/h na auto-estrada: sim ou não? Conhecer as vantagens e os riscos
O aumento dos preços dos combustíveis, tanto da gasolina como do gasóleo, levou muitos condutores a reduzir a velocidade durante a condução. De facto, conduzir a menos de 100 km/h na auto-estrada foi considerado como uma ideal geral de poupança de combustível, mas este durou pouco tempo, fazendo com que os condutores voltassem aos habituais 120 km/h durante o Verão.
Contudo, se ainda quiser poupar algum dinheiro, conduzir a 100 km/h pode ajudá-lo no processo. Aqui estão as vantagens e os possíveis riscos desta prática.
Conduzir a 100 km/h: exponho o meu carro a possíveis avarias?
Alguns afirmam que conduzir a 100 km/h em auto-estradas pode ser prejudicial ao desempenho do veículo; afirmam mesmo que esta prática pode danificar severamente várias partes do carro, incluindo o filtro de partículas, a caixa de velocidades e as pastilhas de travão.
No entanto, não existem dados concretos suficientemente contundentes para provar a veracidade destas alegações. De facto, também não existe uma ligação directa entre a condução a 100 km/h e os danos do automóvel.
Mitos sobre os riscos de condução a 100 km/h
Além disso, alguns afirmam que o carro pode ficar danificado com esta prática porque, se abrandarmos até 100 km/h na estrada, o carro poderá “engasgar-se” e se o carro for “engasgado” durante um longo período de tempo, as vibrações podem aumentar e a acumulação de carbono na válvula EGR pode ocorrer. No entanto, isto não está relacionado com a condução a 100 km/h ou menos.
Embora seja verdade que quando o veículo está frio, é mais fácil para o carbono acumular-se na válvula, isto não se deve à velocidade do carro. De facto, conduzir a 100 km/h durante um período de tempo prolongado é mais susceptível de assegurar que o veículo atinja a temperatura correcta.
O mesmo se aplica ao filtro de partículas, que é responsável pela retenção de poluentes sólidos. Quando o automóvel atinge a temperatura requerida, queima os elementos para expelir menos poluentes.
É comum que os automóveis que circulam muito em meios urbanos não atinjam a temperatura correcta, provocando que a matéria particulada se acumule e que o filtro fique saturado. Mas isto acontece principalmente em meios citadinos e não em auto-estradas.
Vantagens de conduzir a 100km/h com o carro
Já sabemos que não danificamos o carro se conduzirmos a uma velocidade mais lenta. Contudo, existem vantagens em conduzir a 100 km/h, sempre e quando estivermos preparados para sacrificar um pouco mais de tempo para conduzir a uma velocidade mais lenta.
Conduzir a 100 km/h supões uma poupança de gasolina/diesel
A vantagem mais óbvia desta prática é sem dúvida a poupança do combustível. Devemos recordar que o consumo de combustível de um carro de combustão dependerá da velocidade do motor e da velocidade que utilizamos.
Esta é a principal razão pela qual utilizamos tanta gasolina ou gasóleo nas grandes cidades: se exigirmos velocidades mais elevadas do motor, com mais paragens e arranques e mudanças de velocidade constantes, consumiremos muito mais combustível.
Por outro lado, com uma velocidade constante e mudanças de velocidade elevadas na auto-estrada, é muito mais fácil poupar combustível. Em princípio, o consumo de combustível a 100 km/h é muito mais baixo do que a 120 km/h, se estivermos apenas a falar de velocidade.
Aumento do tempo de resposta ou de reacção
Conduzir a 100 km/h tem a vantagem de nos permitir antecipar melhor os nossos próprios movimentos e os de outros condutores. Isto porque os tempos de reação exigidos não são tão elevados, ou seja, temos mais tempo para reagir e assim evitar acidentes.
A distância de travagem é também muito mais eficaz. Este facto está diretamente relacionado com a economia de combustível: se travarmos menos, também gastamos menos combustível.
Redução do desgaste dos componentes dos automóveis
Se exigimos menos velocidade do nosso veículo, certas partes do carro irão sofrer menos desgaste. Por exemplo, podemos facilmente perceber a vantagem na utilização dos travões; ao ir mais devagar, não temos de os pressionar com a mesma frequência. Além disso, podemos dar prioridade à travagem do motor, o que aumenta a vida útil deste elemento.
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